Premiado em Gramado, "Oeste Outra Vez" chega aos cinemas de de Goiás

(Foto: Divulgação) O filme goiano Oeste Outra Vez, aclamado por todos os festivais por onde passou e dirigido pelo cineasta goiano Erico Rassi, estreou nas telas dos cinemas de Águas Lindas de Goiás, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Goiânia, Luziânia, Rio Verde e Valparaíso de Goiás,  no dia 6 de março (quinta-feira). "Assistir ao filme nos primeiros dias de exibição é essencial para fortalecer o cinema nacional, especialmente as produções independentes. A bilheteria inicial influencia diretamente no tempo que um filme permanece em cartaz, além de demonstrar o interesse do público por histórias originais e de alta qualidade", apontam as produtoras do longa,  Lidiana Reis e Cristiane Miotto, da Vietnam Filmes. A estreia nacional da obra em todo o país será no dia 27 de março. Cenário Goiano A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi a locação escolhida para a gravação das cenas, tendo São João da Aliança como cenário principal. Para se ter uma ideia da importância do longa para o c...

Mulheres investidoras se fortalecem e impulsionam a inovação em um setor historicamente dominado por homens

O cenário de Venture Capital no Brasil passa por uma transformação significativa com o aumento da participação feminina. Em meio a dados que apontam para o dobro de mulheres em cargos decisórios nos fundos de investimento na última década, Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e cofundadora da Start Growth, tem sido referência na promoção da diversidade e no estímulo ao empreendedorismo feminino.

Marilucia Pertile (F: Divulgação)
A empresa já investiu R$ 40 milhões entre agosto de 2024 e janeiro de 2025 em startups escaláveis, especialmente em setores como fintechs e HRtechs. Ela defende que o apoio entre mulheres é fundamental para que aquelas que ainda estão traçando seu caminho no mercado possam conquistar espaço e oportunidades. A mentora  integra, inclusive, o grupo WIM Angels (Women Investment Movement), formado por mais de 40 empresárias que se uniram para investir em outras empreendedoras.

“Temos uma tese do porquê investir nessas mulheres, temos regras e vários investimentos que já foram feitos. E investindo em empreendedoras acreditamos, tanto eu e a Start Growth, quanto a WIM, que podemos ajudá-las a dar o primeiro passo, a entender que existem pessoas que confiam no seu poder e habilidade”, destaca.

De acordo com a investidora, o grupo WIM Angels nasceu em 8 de março de 2020 com apenas 13 investidoras e, hoje, conta com 60 integrantes, com cinco empresas investidas, três follow-ons e aportes que totalizam R$ 425 mil. Ainda à frente da iniciativa, Marilucia também lidera o grupo Anjos do Brasil no Paraná, que apoia startups na fase de crescimento desde 2011, conectando-as a investidores anjo em todo o Brasil.

Em paralelo, dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) apontam que a participação feminina nos fundos de investimento, embora tenha alcançado 14% dos profissionais em cargos de decisão em 2023, ainda representa um percentual reduzido, evidenciando desafios persistentes na captação de recursos para startups lideradas por mulheres. 

Estudos da Boston Consulting Group (BCG) indicam que empresas com fundadoras geram, em média, 10% a mais de receita acumulada ao longo de cinco anos do que aquelas comandadas exclusivamente por homens – dados que reforçam o potencial de inovação e eficiência dos negócios femininos.

“A diversidade no time de investidores amplia a perspectiva sobre os desafios do mercado e sobre quais soluções têm maior potencial de sucesso. O impacto não é apenas social, mas também econômico e estratégico”, afirma Marilucia, ressaltando que fundos como a Start Growth têm priorizado modelos escaláveis e lideranças diversas para reverter cenários historicamente desproporcionais.

Apesar dos avanços, o setor de Venture Capital ainda impõe barreiras para empreendedoras, como a baixa captação de recursos – apenas 2% do capital de risco global foi destinado, em 2023, a startups exclusivamente femininas – e relatos de assédio moral relacionados ao gênero durante processos de investimento. Estudos como o “Female Founders Report 2021” revelam que menos de 5% das startups brasileiras são fundadas exclusivamente por mulheres, evidenciando a necessidade de iniciativas que ampliem o acesso a capital e oportunidades.

A tendência é que a presença feminina continue crescendo, impulsionada não só por políticas de diversidade e novos modelos de investimento, mas também pela valorização de práticas de governança que integrem critérios de sustentabilidade, como os parâmetros ESG. Para Marilucia, essa mudança de cenário depende, acima de tudo, do fortalecimento de redes de apoio e da ampliação dos espaços destinados às investidoras.

Laura Salles (F: Divulgação)
Laura Salles, fundadora e CEO da PlurieBR – 1ª plataforma SaaS de gestão de diversidade, equidade e inclusão no Brasil – ressalta que, além do aporte financeiro, os investidores buscam capital intelectual e conexões estratégicas que possam abrir portas no mercado. “Ainda existe muito viés inconsciente na seleção de investimentos. Já me perguntei várias vezes se os questionamentos que fundos me fizeram seriam feitos também para homens”, lamenta a empreendedora, enfatizando a importância de ampliar a presença de mulheres em cargos de liderança.

Assim, enquanto o mercado de Venture Capital se ajusta para valorizar métricas de sucesso que vão além do viés tradicional, iniciativas lideradas por Marilucia Silva Pertile e por grupos como o WIM sinalizam uma nova era no financiamento de startups, onde a confiança e o apoio entre mulheres se transformam em motores de inovação e crescimento sustentável.

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