Premiado em Gramado, "Oeste Outra Vez" chega aos cinemas de de Goiás

(Foto: Divulgação) O filme goiano Oeste Outra Vez, aclamado por todos os festivais por onde passou e dirigido pelo cineasta goiano Erico Rassi, estreou nas telas dos cinemas de Águas Lindas de Goiás, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Goiânia, Luziânia, Rio Verde e Valparaíso de Goiás,  no dia 6 de março (quinta-feira). "Assistir ao filme nos primeiros dias de exibição é essencial para fortalecer o cinema nacional, especialmente as produções independentes. A bilheteria inicial influencia diretamente no tempo que um filme permanece em cartaz, além de demonstrar o interesse do público por histórias originais e de alta qualidade", apontam as produtoras do longa,  Lidiana Reis e Cristiane Miotto, da Vietnam Filmes. A estreia nacional da obra em todo o país será no dia 27 de março. Cenário Goiano A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi a locação escolhida para a gravação das cenas, tendo São João da Aliança como cenário principal. Para se ter uma ideia da importância do longa para o c...

“Ela não teve chance de chegar no hospital”: jovem Avá-Guarani é assassinada em território alvo de ataques no Paraná

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No início da noite de quinta-feira (20), Jessicléia Martins, uma jovem do povo Avá-Guarani, de apenas 17 anos, foi assassinada a facadas dentro de seu território, no tekoha Yvy Okaju, localizado dentro da Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá, no município de Guaíra, no oeste do Paraná́.


Segundo relatos, o suspeito do feminicídio, um homem não indígena de 67 anos, teria invadido sua casa e a agredido a facadas. O homem tentou fugir, mas foi preso.


Testemunhas afirmam que Jessicléia vinha, há alguns meses, sendo assediada pelo suspeito, que se dizia amigo da família. A jovem, no entanto, negava-se a manter qualquer tipo de relacionamento afetivo com ele, o que teria motivado o crime.


“Ele estava parado na frente da casa dela há uns 20 minutos observando e desceu do carro quando ela estava sozinha com uma faca na mão”, conta uma das testemunhas que não será identificada nesta matéria por motivos de segurança.


A comunidade solicitou atendimento à vítima, que após cerca de 30 minutos foi assistida pelo Samu. Jessicléia, no entanto, não resistiu e morreu.


“Ela não teve chance de chegar no hospital. Ela só teve a chance de dar dois gritos de socorro, um pedido para ele parar de esfaqueá-la. Ela tentou se defender. A mão dela estava totalmente destruída, porque provavelmente ela pegou a faca, mas ele puxou da mão dela e destruiu parte da mão. Ela foi covardemente assassinada dentro de sua própria casa”, relatou a testemunha.


Localizado dentro da TI Tekoha Guasu Guavirá, o tekoha Yvy Okaju, onde vivia Jessicléia, tem sido alvo de constantes ataques de fazendeiros locais. O último ocorreu no dia 31 de dezembro do ano passado.


A situação de conflito na região, gerada pela falta de providência do Estado no processo de demarcação do território, tem exposto a comunidade indígena às mais diversas formas de violência. “O racismo, associado à misoginia e ao machismo, compõem o cotidiano dessas comunidades onde a lógica é eliminar o outro através do abuso, do assédio, da exploração sexual e da morte mais cruel”, afirmaram os missionários do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Sul que acompanham os conflitos na região.

 

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