Três jovens negros brasileiros e a
realidade do mercado de trabalho marcado pelo racismo. Esse é o
ponto de partida do docu-reality
Cartas Marcadas, que tem
produção e direção criativa de Cristiano Frois, e direção de
Karol Maia. A ideia original foi de Eduardo Migliano, da 99Jobs, e o
filme é patrocinado pelas marcas DASA e Mercado Livre, e é uma
coprodução entre Trip Filmes e Warner Bros. Discovery. O filme será
exibido sexta-feira, 20 de novembro, às 18h no Discovery e estará
disponível no streaming discovery + no mesmo dia.
O
Brasil é país com uma população 56% negra, e o maior índice de
desemprego entre negros e pardos é na faixa de 18 a 24 anos.
Como esses jovens podem começar uma carreira nesse país marcado por
desigualdades sociais, raciais e de gênero? Cartas Marcadas acompanha
as histórias de Merielen, Lucas e Matheus.
A vida real deste trio mostra as dificuldades, as lutas, mas também
as possibilidades de vitórias e os encontros de afeto e apoio nesse
cenário tão desigual. Ao longo de 1h de filme, seus relatos íntimos
e sinceros se alternam com o dia-a-dia, as conversas com seus
familiares e depoimentos de profissionais que nos elucidam as
complexas tramas do racismo estrutural no Brasil, como o Pesquisador
do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Estudos Interdisciplinares do
Negro Brasileiro, Billy Malachias, da psicóloga Fabiana Silva, do
publicitário Felipe Silva, do Head de Diversidade e Inclusão do
Grupo DASA, Lucas Silva, da head de Diversidade e Inclusão do
Mercado Livre, Angela Faria, e do especialista em recrutamento e
seleção e presidente da 99Jobs, Eduardo Migliano.
"Eu admiro cada um dos personagens deste filme. Amo vê-los na
sua desobediência contra as estruturas racistas, indo buscar o que
também pertence a eles. É lindo ver como suas famílias os
acompanham e criam um espaço seguro para que eles se recuperem das
quedas, mas onde também podem celebrar suas vitórias", conta Karol
Maia.
Contando com uma equipe com a maioria de profissionais negros em
todos os níveis de criação e produção (Diretora, Roteirista,
Story Producer, Coord. De Produção, Logger, Câmera, Assist. de
Câmera, Maquiagem e Trilha), o documentário é também fonte de
inspiração para seu público, que poder ver na tela histórias
parecidas com as suas.
"Tomamos muito cuidado para não colocar os personagens na narrativa
perpetuada pela branquitude: uma história que começa dentro de
lares pobres e desestruturados, mas que lutam e superam com muita
ajuda e muita sorte uma posição de sucesso. Neste documentário, os
personagens são apresentados como cidadãos que rompem estruturas
com talento e são cercados de afetos e estímulos", explica a
roteirista Maristela Mattos.
"Na minha visão, o ponto chave do documentário é mergulhar na
realidade dos jovens negros que conseguiram superar os primeiros
obstáculos econômicos, consequência do racismo estrutural
vivenciado duramente por seus antepassados. O filme revela o quanto,
mesmo tendo tido acesso à educação qualificada, esses
profissionais negros ainda enfrentam desafios adicionais ao longo de
suas vidas pessoais e profissionais, que tornam suas trajetórias na
busca pela mobilidade social muito mais complexas e difíceis do que
as dos seus contemporâneos brancos", avalia Paulo Lima,
Editor-chefe e sócio da Trip.
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