O resultado catastrófico da política econômica do governo Bolsonaro, comandado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” – qualquer referência ao preço dos combustíveis não é mera coincidência -, é cada vez mais sentido, especialmente pelos mais pobres.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que, em 2021, o consumo de carne pelo brasileiro caiu para 26,5 quilos por habitante por ano, o menor índice registrado nos últimos 25 anos. Em 2006, por exemplo, o consumo era de 42,8 quilos por habitante, o que revela um recuo de 40%.
A retração não ocorre por acaso. De maio de 2021 a abril de 2022, a picanha aumentou 15,4%, o filé mignon subiu 26,54% e o frango encareceu 21,32%. O fígado (19,35%), o contrafilé (15,66%) e a alcatra (13,17%) também aumentaram mais do que a inflação, que em abril bateu novo recorde e é a maior em 26 anos, chegando a 1,06%.
O índice inflacionário acumulado é de 12,63%, puxado justamente por alimentos e bebidas, que subiram mais do que a inflação. Em um ano, a cenoura subiu 178%, o tomate 103%, a abobrinha 102%. Em abril, a inflação atingiu impressionantes 78,3% de todos os produtos monitorados pelo IPCA. Uma tragédia nacional.