Tornar o ensino do empreendedorismo social e do voluntariado uma política pública nas escolas de todo o Brasil. Este é o objetivo principal do projeto Empatia nas Escolas, que acaba de lançar seu site
Os primeiros passos deste movimento se iniciaram em agosto de 2020, quando um pequeno grupo começou a se reunir virtualmente, a convite do filantropo Elie Horn – fundador do Movimento Bem Maior e do Instituto Liberta -, para pensar em projetos sociais no Brasil.
“O projeto Empatia nas Escolas nasceu no grupo Diálogos do Bem, que nós formamos para provocar as pessoas a fazer o bem no Brasil. É um projeto importante porque envolve a educação, o que mais precisamos nesse país”, diz Elie Horn.
Além do empresário, fundador da Cyrela, o grupo reúne profissionais de várias áreas, com idades e repertórios distintos, que compartilham o propósito de estimular a reflexão sobre o voluntariado nas escolas e na sociedade, colaborando com a construção de um Brasil mais justo e solidário. Um exemplo é Carola Videira, idealizadora da Turma do Jiló, associação que oferece educação inclusiva em escolas públicas, e coordena no Empatia os programas para educadores.
“O projeto Empatia nas Escolas nasceu no grupo Diálogos do Bem, que nós formamos para provocar as pessoas a fazer o bem no Brasil. É um projeto importante porque envolve a educação, o que mais precisamos nesse país”, diz Elie Horn.
Atuação transformadora
O Empatia nas Escolas atua em três frentes: informação, conexão e transformação. Faz curadoria de boas práticas educacionais voltadas ao voluntariado e ao desenvolvimento de competências socioemocionais, conecta escolas e professores aos melhores programas, e auxilia na capacitação de professores e gestores para o voluntariado, trabalhando com foco em políticas públicas e parcerias transformadoras.
Todo esse trabalho colabora para o fortalecimento da empatia e da postura protagonista e cidadã entre crianças e jovens. O engajamento social leva os alunos a melhorar sua autoestima, desenvolver senso de responsabilidade e sensibilidade às necessidades dos outros, e ainda um melhor desempenho acadêmico, com atitudes e comportamento social positivos.
Hoje, a partir das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Novo Ensino Médio, as disciplinas direcionadas à comunidade e aos valores ligados à educação são cada vez mais importantes.
Como é aqui e lá fora
No Brasil são ainda raras as escolas que propõem o trabalho social para os alunos. Em geral, as propostas, quando existem, têm baixo impacto, devido a seu caráter optativo ou eletivo. Nos Estados Unidos e em diversos países da Europa o voluntariado é parte integrante da educação de crianças e jovens, influenciando inclusive no sucesso da carreira profissional, pois os alunos envolvidos com o empreendedorismo social são valorizados nas universidades e no mercado de trabalho.