Universidades e demais instituições de pesquisa de todos os estados brasileiros estão deixando de receber, no total, cerca de R$ 2,7 bilhões que deveriam ser investidos na realização de pesquisas científicas e tecnológicas.
O valor faz parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para este ano, e está sendo contingenciado pelo governo federal.
Abastecido basicamente por contribuições de empresas e royalties, o FNDCT é a principal fonte de financiamento à ciência no Brasil. Neste ano deverão ser arrecadados R$ 7,3 bilhões.
“O contingenciamento dos R$ 2,7 bilhões atinge universidades e instituições de pesquisa federais e também estaduais e municipais”, alerta o secretário executivo da ICTP, Celso Pansera. “São prejudicadas pesquisas em todas as áreas do conhecimento e que se refletem em melhorias em setores como saúde, habitação, transportes, educação, segurança e no meio ambiente, dentre tantos outros”.
Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Pansera acredita que não só a comunidade científica, mas também a sociedade como um todo deve atuar em favor da ciência. Ele sugere, por exemplo, que a população de cada Estado reforce junto a seus deputados e senadores a necessidade de eles lutarem pela ciência na Câmara Federal e no Senado.